O medo dos dois lados da viagem

A novidade dos aplicativos do transporte tem suas vantagens, mas também apresenta riscos para passageiros e motoristas.


Por Enzo Labre

Aplicativos de transporte como Uber, 99 Pop e Cabify inovaram o modo de se locomover pela cidade. As corridas realizadas por aplicativos são a escolha principal de muitas pessoas. Porém, no início de sua implementação no Brasil, o primeiro deles, o Uber, sofreu duras críticas por parte de motoristas de táxi que alegavam que o aplicativo não tinha regulamentação e, por isso, seu funcionamento seria ilegal. Em Curitiba, o Uber foi regularizado e passou a funcionar, oficialmente, no dia 18 de março de 2016, portando ferramentas de segurança. Mesmo assim, o medo ainda acomete passageiros e motoristas.

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Como funciona a arquitetura do medo?

Por Gabriel Ramos

Sintoma da alta taxa de criminalidade e fragilização da legitimidade das instituições democráticas no país, a segurança pública tem sido uma das principais pautas presentes no debate popular. Mais do que isso, a violência é uma preocupação constante no cotidiano brasileiro, que molda – consciente ou inconscientemente – o comportamento do cidadão. Consequentemente, também afeta a arquitetura das grandes cidades.

Muros altos, cercas, espetos e câmeras são lembretes constantes do medo. Cenas comuns assim já não causam estranheza aos olhares anestesiados de quem circula frequentemente no cenário urbano brasileiro, mas para um observador externo, pode remeter a um cenário de guerra. Continue lendo “Como funciona a arquitetura do medo?”

Por trás da matemática da violência Curitibana

Embora os índices de homicídios tenham caído, Curitiba ainda concentra bairros com grande taxa de violência


por Heloiza Silva

Curitiba parece estar longe de ser cenário de uma trama marcada pela violência, dessas já eternizadas em grandes nomes da literatura, como Feliz Ano Novo de Rubens Fonseca, ou até mesmo do jornalismo literário, a exemplo de Abusado de Caco Barcellos. Isso parece se confirmar quando os índices da violência são analisados. Dados disponibilizados pelo governo do estado do Paraná mostram que, de 2017 para cá, houve uma redução de 21,7% na quantidade de mortes violentas na capital. E não é surpresa que tanto na obra ficcional de Rubens quanto na não-ficcional de Caco, o ponto de partida para a história seja sempre o mesmo: o Rio de Janeiro, retratado até pela narrativa cinematográfica em filmes como Cidade de Deus e Tropa de Elite.

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